A Tesla avançou mais um passo no mercado de veículos pesados elétricos com a entrada oficial da DHL em sua frota de clientes. A gigante alemã de logística confirmou a entrega de seu primeiro Tesla Semi, consolidando o modelo como opção real para operações de longa distância.
Até recentemente, a PepsiCo era praticamente a única empresa operando o Tesla Semi em escala relevante fora da própria montadora. Porém, à medida que a produção avança na fábrica de Nevada, novas unidades começaram a chegar a grandes clientes como Walmart, Costco e Sysco. Agora, a DHL se junta ao grupo.
Segundo comunicado divulgado pela empresa, o caminhão elétrico será integrado às operações nos Estados Unidos após um programa-piloto em Livermore, na Califórnia, onde a DHL avaliou o desempenho do veículo em rotas reais.
No teste, o Tesla Semi percorreu uma rota de 390 milhas transportando peso bruto combinado de 34 toneladas. A média registrada foi de 1,72 kWh por milha, resultado superior ao prometido pela Tesla em seu lançamento, quando anunciou consumo inferior a 2 kWh por milha.
O presidente de Transporte da DHL Supply Chain North America, Jim Monkmeyer, afirmou que o desempenho superou as expectativas. Ele destacou a capacidade do caminhão de completar longas distâncias com uma única recarga e ressaltou que o modelo abre novas possibilidades para operações sustentáveis, com autonomia de até 500 milhas.
A DHL informou que o veículo já está em operação na região Central da Califórnia. Curiosamente, para as rotinas atuais da empresa, ele percorre cerca de 100 milhas por dia e necessita de recarga apenas uma vez por semana.
O diretor do programa Tesla Semi, Dan Priestley, afirmou que a DHL tem sido uma parceira importante para o desenvolvimento do caminhão e que a experiência da empresa ajudará a aprimorar o produto para futuros mercados globais.
Com a chegada do Tesla Semi, a DHL agora conta com mais de 150 veículos elétricos pesados na América do Norte. A empresa planeja adicionar mais unidades em 2026, quando a Tesla prevê iniciar a produção em volume. A montadora, porém, adiou o início dessa fase, que estava em planejamento havia dois anos, para 2026.
Os resultados práticos desafiam críticas históricas da indústria, segundo as quais caminhões elétricos não seriam viáveis para longas distâncias devido ao peso das baterias e à baixa eficiência. Com consumo de 1,72 kWh por milha transportando 34 toneladas, o Tesla Semi apresenta custo operacional estimado entre 0,20 e 0,25 dólar por milha, muito abaixo dos 0,60 a 0,80 dólar por milha de modelos a diesel.
Para o setor de transporte, os números mostram que a competitividade dos caminhões elétricos pesados deixou de ser promessa para se tornar realidade.
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